terça-feira, 4 de novembro de 2008

Rumba cubana estrondosa

A levada da conga afro-cubana foi mostrada ao jazz por Chano Pozo, quando este passou a tocar na orquestra de Dizzy Gillespie, no final dos anos 40. Pozo também foi quem divulgou e incentivou o trabalho do talentoso percussionista Louis Martinez, ficando este conhecido no mundo fonográfico como "Sabu". Depois da morte de Pozo em 1948, Sabu o substituiu na banda de Dizzy.

Sabu se interessou por música ainda muito cedo e, quando, completou 11 anos entrou num trio de “batedores de latas”, que tocava próximo a sua casa. Nesta época, ele recebia 25 cents, a cada três noites de apresentações.

Equipado com mãos ágeis, Sabu fez carreira de sucesso trabalhando como músico do estúdio Blue Note Records. Assim, ele lançou em 1957, o fundamental disco Palo Congo. Que é uma referência para alguns músicos e, também, faz com que algumas pessoas delirem ao ouvir, pois, tem timbres e batidas percussivas de variadas influências. Já que sotaques da herança africana musical mesclado a ritmos de origens espanhóis e indígenas permeiam em sua sonoridade.

O disco Palo Congo foi supervisionado pelo engenheiro de som Rudy Van Gelder, nome conhecidíssimo da época e, quem captou bem os estrondosos sons da rumba cubana com seus estilos particularidades.

A gravação desse álbum foi feita de modo analógico utilizando poucos canais da mesa de som. Vale destacar, que não consta nenhuma distorção. Algo memorável devido à limitação dos equipamentos de gravação da época. O disco mostra também a competência e cuidado dos músicos no momento de arranjar as faixas. Apesar de ser mono é, tão bem equilibrado, que permite ouvir individualmente o baixo acústico, as vozes e a percussão.

Em Palo Congo, há três guitarras cubanas com cordas duplas do produtor Arsênio Rodriguez, nome fundamental quando se fala em salsa moderna, e Ray Romero, que havia tocado como Miguelito Valdes, e que dispensa apresentação.

Na música Billumba Palo Congo, Sabu faz um solo maravilhoso. O disco tem uma aura mágica de influências do soul ao funk, em meio a orações de santeria. Foi lançado pelo selo Blue Note. A produção é de Alfred Lion e o projeto gráfico de Reid Miles. O disco conta com 8 faixas e dura 40m52, sendo lançado no EUA. Para conferir o desempenho de Chano Pozo e Sabu, clique http://www.lastfm.com.br/music/Chano+Pozo/+videos/+1-avmv1KGQ6Sw

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