sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Noite Afro-beat

O primeiro Baile Afro-beat acontece hoje na Boomerangue. Músicas de artistas como Fela Kuti, Tony Allen, Kononno, Mirian e Amodou estão na lista dos Djs. Também rola o projeto SOS Russo e Raíz com o grupo Ministereo Público e o Live PA comandado por Mangaio, Mamá Soares, Junix, Marcelo Santana (Seco), Vince de Mira e VJ Guga Calazans. Mulher não paga até meia-noite. Depois desse horário os ingressos custam R$12 (mulher) e R$ 15 (homem).

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Fraude em show

Show e lançamento. Rola no Balcão nesta sexta-feira (28) às 18h, a publicação da sexta edição da revista Fraude, com entrada franca. Na seqüência, acontece apresentação da banda Os Mizeravão, quem ficar para assistir a banda paga R$13. O show começa a partir das 22h. Os Mizeravão também toca nesta mesma casa no reveillon com direito a comida, bebida e café da manhã. O preço dessa fuzarca ainda não foi definido.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Jazz na mesa, canto em cena


O grupo Ronda Jazz Trio apresenta clássicos do gênero no bar Balcão. A banda é formada por Gustavo Nunes (guitarra), Yrland Valverde (baixo-acústico) e Maurício Pedrão (bateria), músicos que atuam na cena soteropolitana tocando com outros artistas. O show acontece nesta quarta-feira (26) a partir das 21h, o Chopp custa R$ 2. Já o ingresso R$ 7. O Balcão fica localizado no Rio Vermelho


A cantora Manuela Rodrigues se apresenta também na quarta-feira, no Tom do Sabor. O show é gratuito e começa às 20h. O evento faz parte da comemoração de um ano de leituras musicadas da casa de show. O Tom do Sabor fica localizado no Rio Vermelho.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Nasi solo

Colecionador aficionado de discos, paulistano criado no bairro do Bexiga, Nasi foi um dos líderes do barulhento cenário musical dos anos 80, na efervescência do movimento punk, onde montou o grupo IRA!. Em 2007, deixou para trás 25 anos de carreira, após uma briga com o empresário e companheiros de banda. Agora em nova fase e, se dizendo limpo das drogas e do álcool, se apresenta na soteropólis, nesta sexta e sábado (21 e 22) no Groove Bar, que fica localizado na Rua Marquês de Leão, 351, na Barra. O evento está com ingressos no valor de R$ 30 (feminino) e R$ 40 (masculino), podendo haver variação de valor no dia do show.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A cena e sua faceta

O tecnobrega é a música mais ouvida em Belém do Pará. A sua atual divulgação se reflete no avanço e na relação com que este estilo flerta com a tecnologia. Assim é muito interessante avaliar como se dar a apropriação da tecnologia no que tange as indústrias criativas neste mercado especifico.

Esse estilo usa a tecnologia de forma habilidosa para produzir sua cena. Por exemplo, nos estúdios de periferias de Belém, muitos profissionais utilizam em seus computadores programas de edição como o Protools ou outros softwares sofisticado para fazer música. O usuário de conhecimento médio também manuseia tais programas com muita familiaridade editando com maestria em seus pequenos estúdios caseiros, as músicas que são feitas eletronicamente. Além disso, utilizam a tecnologia como forma de divulgação, trocando arquivos de conteúdos na rede virtual, ou elaborando flayes e vinhetas para TV.

Os artistas de tecnobrega produzem desenfreadamente mais música do que muitas gravadoras brasileiras. A Sony e a BMG lançam em seus catálogos três novos artistas de música popular por ano, enquanto o tecnobrega lança 400 Cds por ano.

Entretanto, se alguém for numa loja comprar um desses CDs poderá não encontrar, porque, o produto é distribuído através de acordos paralelos. Que pode ser feito pelo próprio artista com o vendedor de camelô, dessa forma, eles entregam as matrizes de seus discos para que os camelôs “distribuíam” em pontos estratégicos da cidade. Ou, então de forma On-line, via MSN que é uma ferramenta muito importante de difusão e de troca de conteúdos na internet. Um manda para o outro e esta distribuição e divulgação do disco se amplia freneticamente.

O vendedor de camelô é um alvo muito importante nesta cena do tecnobrega, já que ajuda tanto divulgando como vendendo os CDs, assim ambos os lados ganham dinheiro. E, quanto mais o artista é vendido, mas será requisitado para tocar ao vivo. Neste momento, a estrutura de produção deles, incita os próprios cantores a divulgar seus produtos. Ao final do show, muitos discos são vendidos. Eles capturam o valor presente, que é uma fonte de receita relevante e, por outro lado, não compete com os discos que são vendidos no camelô, pois, são dois mercados diferentes.

E, o mais interessante é que mesmo, que o disco esteja sendo vendido no camelô, às vezes, até por um preço mais barato, os fãs compram a música diretamente do artista. É mais caro, mas existe mercado, porque o produto é melhor fabricado, ou seja, vem com letra e encarte colorido. Enquanto que no camelô, muitas vezes, são distribuídos em capa de papel. Quanto mais disseminado o seu conteúdo, maior é a fonte de receita para eles, porque, a procura pelos shows e produtos aumentam.

A economia cresce e gera emprego para muitas pessoas que dependem destas bandas. É um fenômeno global, pois, quase sempre esses estilos musicais são consumidos pelas classes mais baixas, que estão muito próximas desse mercado, sendo a base da pirâmide social. Isso não é apenas no Brasil, mas no mundo. Já que essas cenas musicais, com seus estilos diversos, se repetem em países como Argentina e África do Sul. Para esfriar a cabeça veja esse vídeo que não tem nada de parecido com o estilo tecnobrega http://www.youtube.com/user/ianabroad

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O fraseado flexível, a interpretação rígida

O jazz surgiu nas colheitas de algodão afro-americanas, nos guetos negros e em bordéis baratos de New Orleans, nos Estados Unidos. Desenvolvido nessas comunidades tornou-se uma referência inovadora no modo de desenvolver características de tocabilidade para a música. Já que incorporou regras irreais. Como os conceitos de polirritmia avançada, síncopes, improvisações, notas com swing e perguntas e respostas fixadas em inúmeras canções.

Alguns pesquisadores afirmam que as origens do nome jazz são incertas. Uma vez que haviam duas palavras dialetais, jasm e gism, que siginificavam velocidade e energia aplicados ao esporte e à execução musical. Apesar da difusão do emprego desses dois nomes pelo território americano, eles foram sofrendo mutação. E no início do século XIX, a palavra jass, já aparecia com seu primitivo significado representando o gênero. O nome atual (jazz), mais adaptada à origem da Língua Portuguesa, surgiu em Nova Iorque, no ano de 1917.

O aspecto básico da melodia jazzística é o fato desta surgir do instrumento e não da teoria. No jazz, o próprio músico elabora a sua técnica, da maneira que melhor achar necessário, passando sua informação musical do modo que sente a música, ao contrário, da música erudita, que limita a contribuição do músico.

O jazz é distinto da música erudita nos seguintes pontos básicos: a) compromisso especial com a marcação de tempo, caracterizado em grande parte pela regra do ritmo, b) pela vibração, espontaneidade e vitalidade de sua criação e execução instrumental, onde a improvisão ocupa papel central de extremo fundamento, c) pelo seu fraseado e som, que mostra, principalmente a contribuição pessoal do instrumentista na música.

Esses elementos podem atuar alternadamente ou concomitante com maior ou menor intensidade, isso nos mais diversos estilos do jazz. Já que muitos músicos fraseiam e improvisam com o sotaque jazzistico, sem que com isso deixem de fazer música comercial. Enquanto outros, se tornam autênticos instrumentistas do gênero, usando apenas um desses pontos básicos citado acima.

A música erudita, ao contrário do jazz, não é algo onde se pode alterar arbitrariamente ritmos, notas e tempos a partir da idéia ou capricho da opinião do intérprete. Já que possui conceitos e técnicas especificas no seu modo de execução. O músico-intérprete, quando toca música erudita, estar obedecendo as regras do compositor de combinar idéias sonoras, conhecimento de harmonia, escalas, fraseados técnicos e emoção. Passando apenas as orientações rígidas da partitura, no intuito de transmitir o sentimento do compositor para o ouvinte. No jazz a questão volta-se para a liberdade, para a necessidade de exprimir a música, por meio da maneira subjetiva de fazer arte. Ocorre exatamente o contrário. E quando o músico de jazz interpreta uma canção, ele não tem o objetivo de transmitir o sentimento do compositor e sim, o seu. Dessa forma provoca novas alterações e sensações que nem sempre coincidem com as idéias do criador da música. Ah, pensando em jazz, vou ouvir o mágico disco pirata que tenho de Miles Davis, o Birth of the Cool,...fui........!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Álbum conceitual antecipa LP (1955)

No início dos anos 60, os discos de música pop não se equivaliam a mais do que uma compilação de singles de sucesso, porém, os músicos de jazz e rock’n roll ficaram fascinados com as admiráveis possibilidades criadas pelo som de alta fidelidade e pelo tempo mais longo dos vinis.

Em 1955, o cantor Frank Sinatra estava completamente sumido da cena musical, além disso, não conseguia acordo para tocar na noite. Porém, foi nesse ano que lançou o disco referência para as gerações seguintes do mundo do rock. Uma vez que alguns artistas de peso, como Jimmy Page e Flea, citam o álbum In The Wee Small Hours como inovador em seu formato. Sinatra contou com o apoio do vice-presidente da gravadora A&R (artist e repertoir) da Capitol Record, Alan Livingston que o contratou para a feitura dele. Surgindo, o que viria a ser chamado de “álbum conceitual”. Pois, são dois discos de 10 polegadas, interligados entre si na sua concepção. Isso, antecipou, sem querer a era do LP.

Lançado pouco depois de o romance entre Sinatra e Ava Gardner ter terminado, este álbum se tornou um dos melhores quando o assunto se refere ao tema separação. Ele soa melancólico e, em alguns, momentos se tornam confissões de bêbado. A amargura de um homem abandonado é explicito nos arranjos da maioria das canções, já que, tudo é bem amarrado em controle de timbre e dinâmica equilibrando assim as emoções do cantor. O álbum, tem uma voz impecavél e controlada em sua sonoridade, em alguns momentos, Sinatra lança swing, sem esforço, isso pode ser identificado quando ele canta a faixa Mood Indigo.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Rumba cubana estrondosa

A levada da conga afro-cubana foi mostrada ao jazz por Chano Pozo, quando este passou a tocar na orquestra de Dizzy Gillespie, no final dos anos 40. Pozo também foi quem divulgou e incentivou o trabalho do talentoso percussionista Louis Martinez, ficando este conhecido no mundo fonográfico como "Sabu". Depois da morte de Pozo em 1948, Sabu o substituiu na banda de Dizzy.

Sabu se interessou por música ainda muito cedo e, quando, completou 11 anos entrou num trio de “batedores de latas”, que tocava próximo a sua casa. Nesta época, ele recebia 25 cents, a cada três noites de apresentações.

Equipado com mãos ágeis, Sabu fez carreira de sucesso trabalhando como músico do estúdio Blue Note Records. Assim, ele lançou em 1957, o fundamental disco Palo Congo. Que é uma referência para alguns músicos e, também, faz com que algumas pessoas delirem ao ouvir, pois, tem timbres e batidas percussivas de variadas influências. Já que sotaques da herança africana musical mesclado a ritmos de origens espanhóis e indígenas permeiam em sua sonoridade.

O disco Palo Congo foi supervisionado pelo engenheiro de som Rudy Van Gelder, nome conhecidíssimo da época e, quem captou bem os estrondosos sons da rumba cubana com seus estilos particularidades.

A gravação desse álbum foi feita de modo analógico utilizando poucos canais da mesa de som. Vale destacar, que não consta nenhuma distorção. Algo memorável devido à limitação dos equipamentos de gravação da época. O disco mostra também a competência e cuidado dos músicos no momento de arranjar as faixas. Apesar de ser mono é, tão bem equilibrado, que permite ouvir individualmente o baixo acústico, as vozes e a percussão.

Em Palo Congo, há três guitarras cubanas com cordas duplas do produtor Arsênio Rodriguez, nome fundamental quando se fala em salsa moderna, e Ray Romero, que havia tocado como Miguelito Valdes, e que dispensa apresentação.

Na música Billumba Palo Congo, Sabu faz um solo maravilhoso. O disco tem uma aura mágica de influências do soul ao funk, em meio a orações de santeria. Foi lançado pelo selo Blue Note. A produção é de Alfred Lion e o projeto gráfico de Reid Miles. O disco conta com 8 faixas e dura 40m52, sendo lançado no EUA. Para conferir o desempenho de Chano Pozo e Sabu, clique http://www.lastfm.com.br/music/Chano+Pozo/+videos/+1-avmv1KGQ6Sw