sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Álbum conceitual antecipa LP (1955)

No início dos anos 60, os discos de música pop não se equivaliam a mais do que uma compilação de singles de sucesso, porém, os músicos de jazz e rock’n roll ficaram fascinados com as admiráveis possibilidades criadas pelo som de alta fidelidade e pelo tempo mais longo dos vinis.

Em 1955, o cantor Frank Sinatra estava completamente sumido da cena musical, além disso, não conseguia acordo para tocar na noite. Porém, foi nesse ano que lançou o disco referência para as gerações seguintes do mundo do rock. Uma vez que alguns artistas de peso, como Jimmy Page e Flea, citam o álbum In The Wee Small Hours como inovador em seu formato. Sinatra contou com o apoio do vice-presidente da gravadora A&R (artist e repertoir) da Capitol Record, Alan Livingston que o contratou para a feitura dele. Surgindo, o que viria a ser chamado de “álbum conceitual”. Pois, são dois discos de 10 polegadas, interligados entre si na sua concepção. Isso, antecipou, sem querer a era do LP.

Lançado pouco depois de o romance entre Sinatra e Ava Gardner ter terminado, este álbum se tornou um dos melhores quando o assunto se refere ao tema separação. Ele soa melancólico e, em alguns, momentos se tornam confissões de bêbado. A amargura de um homem abandonado é explicito nos arranjos da maioria das canções, já que, tudo é bem amarrado em controle de timbre e dinâmica equilibrando assim as emoções do cantor. O álbum, tem uma voz impecavél e controlada em sua sonoridade, em alguns momentos, Sinatra lança swing, sem esforço, isso pode ser identificado quando ele canta a faixa Mood Indigo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Talvez tenha sido o primeiro álbum duplo. O LP de 33 1/3 rpm com capacidade para armazenar 20 min. cada lado é de 1948.