sábado, 24 de julho de 2010

Festival a serviço da música

A música alternativa invade o Teatro Sesi. Neste local será realizada a IV edição do festival de música - Noites Independentes. Os shows acontecem nos meses de agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2010, encerrando-se em janeiro de 2011. As apresentações começam às 20h, sempre na primeira terça-feira e quarta feira de cada mês.Se apresentam nesta edição do evento os locais: Amadeu Alves, Amanae, Lú Santana e Grupo, Dj Gug e Dj Netuno, Banda Oscàravelho, João Reis III & Alexandre Bloisi, Tribo do Sol, Dinho Oliveira, Banda Macaco Bambo, Mensageiros do Vento, Moacy Mendes, Souza Johny, Tribo do Sol e Neto Lobo e a Cacimba.

A programação se completa e encerra-se, no mês de janeiro de 2011, com artistas da Associação Brasiliense de Violão (Bravio) tocando temas do universo da música clássica, ocorrendo assim o intercâmbio cultural no evento. Uma marca evidente e essencial do evento volta-se para a sociabilidade. Já que nas edições anteriores do festival participaram, nomes como guitarrista Mou Brasil, o clarinetista Juvino Alves, o cantador de Chula Roberto Mendes e o conceituado baterista Dom Lula Nascimento.
O evento é promovido pela Independência Musical Associada (IMA) em parceria com o Pólo de Desenvolvimento da Música da Bahia (Pomba). Conta com parceria do SEBRAE e apoio do Teatro SESI.
MAIS INFORMAÇÕES:
Artistas participantes: Amadeu Alves, Amanae, Lú Santana e Grupo, Banda Oscàravelho, João Reis III & Alexandre Bloisi, Tribo do Sol, Dj Gug e Dj Netuno, Carlinhos Cor das Aguas, Dinho Oliveira, Banda Macaco Bambo, Mensageiro dos Ventos, Moacy Mendes, Souza Johny e Neto Lobo e a Cacimba.
O quê :. IV Festival Noites Independentes
Quando :. De agosto a janeiro de 2011. As apresentações começam às 20h, sempre na primeira terça-feira e quarta feira de cada mês.Quanto: R$ 10,00 (inteira) R$ 5,00 (meia)
Onde – Teatro Sesi, Rio Vermelho, Rua Borges dos Reis, 09 - Tel.: (71) 3535-3020
FICHA TÉCNICA:
Produção Executiva: Nerivaldo Góes - Fernando Teixeira
Assessoria de Comunicação – Tiago Queiroz
Arte Gráfica – Danilo Abud
Iluminação – Feijão - Kika
Sonorização – Feijão - Kika
Cenário – Haroldo Garay
PROGRAMAÇÃO:
Agosto
03-08 - Lú Santana e Grupo
04- 08 - Amanae
24-08 - Chita Fina
Setembro
03-09 - Oscàravelho
07-09 - Mensageiros do Vento
08-09 - Dinho Oliveira
15-09 - Dj Gug - Dj Netuno
Outubro
22-10 - Moacy Mendes
29- 10 - Amadeu Alves
Novembro
02 - 11 - Divisores de Maré
03 -11 - Neto Lobo e a Cacimba
04- 11 - João Reis III e Alexandre Bloisi (Brasília)
Janeiro
Bravio
Tribo do Sol

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Ainda a principal fonte de informação sobre a música

A indústria cultural tem na área fonográfica um de seus principais expoentes. Mais do que a simples relação de compra e venda de produtos, a música mobiliza toda uma série de intrincadas relações de sociabilidade e apropriação, que vão muito além do valor de mercado de um CD ou DVD.

Esse conjunto torna mais evidente uma questão essencial relacionada à música e sociabilidade: consumir produtos fonográficos e seus derivados constitui-se numa ferramenta importante na construção da identidade nas sociedades contemporâneas.

Porém, das etapas iniciais da produção de um produto cultural até os usos específicos que os consumidores finais farão desses objetos, vários intermediadores influenciam neste processo, sendo um dos principais a mídia.

São os veículos de comunicação de massa que vão levar ao conhecimento do público os lançamentos mais recentes. Mas não apenas isso. À mídia é facultado o direito de analisar, valorar, categorizar e, em alguns casos, até definir o gênero musical em questão. Nesse sentido, a mídia revela-se como um instrumento de difusão e produção de sentido essencial para a própria sobrevivência da indústria fonográfica. Uma ferramenta básica, sobretudo nos dias atuais, em função do avanço digital.

Uma das principais modificações que as novas tecnologias imprimiram no universo musical foi o barateamento no custo de produção de registros fonográficos. Do disco de vinil ao CD, houve um aumento significativo do número de bandas e intérpretes que puderam ter a sua obra gravada. Esse crescimento gerou um novo tipo de dificuldade para o público. Ante à quantidade de bandas e cantores disponíveis no mercado, como conhecer e escolher o artista que corresponda às expectativas do consumidor? A maneira mais comum de informação sobre a música atual continua sendo a mesma dos tempos do vinil – a mídia. Grandes gravadoras, pequenos selos independentes ou até bandas munidas apenas de gravações caseiras ainda têm nos meios de comunicação de massa seu principal passaporte para o reconhecimento e consolidação no mercado, sobretudo por intermédio da mídia impressa.

Mesmo com a forte penetração da TV e do rádio, os veículos impressos ainda detêm boa parte do público usualmente relacionado aos chamados “formadores de opinião”. Normalmente provêem dos jornais e revistas os novos termos que “batizam” movimentos musicais, graças a sua abordagem mais analítica e aprofundada em torno dos produtos fonográficos. Os maiores especialistas na área ainda hoje escrevem principalmente para a mídia impressa. Já que esta ainda reserva maior espaço para a discussão de temas ligados à música e, principalmente, é a que devota mais atenção para bandas e intérpretes não atrelados aos grandes números de vendagem e à superexposição midiática, músicos que têm um público mais reduzido e são regularmente conhecidos como “alternativos”.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

A música no contexto comunicacional

Independente de predileções pessoais de estilos e intérpretes, a música pode ser um objeto de estudo do âmbito da comunicação. Analisando a história das teorias da comunicação, constata-se que desde o principio a música foi vista como um fenômeno passível de análise e ainda hoje é. Verifica-se, por exemplo, que a mídia radiofônica é essencial na divulgação direta das canções produzidas; a televisão, tanto através de entrevistas, quanto por meio da exibição de videoclipes, ajuda na fixação da comunicação visual da banda/intérprete; a Internet permite a captação mais rápida, às vezes até gratuita, das músicas disponibilizadas em formato digital; enquanto o jornalismo impresso repassa dados mais específicos a um público interessado em informações com maior profundidade e análise de gêneros musicais.

Também é possível avaliar as estratégias de produção textual presentes nas letras das músicas; estudar a comunicação corporal dos músicos durante a apresentação; pesquisar as relações entre som e imagem na narrativa (como no caso das trilhas sonoras cinematográficas); só para citar alguns exemplos. Assim alguns pesquisadores são enfático nesse ponto, chamando a atenção para as possibilidades de análise comunicacional da música a partir dos seguintes prismas: técnicas de produção, armazenamento e circulação tanto em suas condições de produção bem como em suas condições de reconhecimento.

Porém, em seu nascedouro, a investigação “comunicacional” da música era bem menos diversificada e altamente dependente do tipo de reflexão desenvolvida também em áreas correlatas à comunicação, como a sociologia e a psicologia.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Erótico musical em cena

O público que curte textos eróticos terá a chance de assistir a primeira edição do espetáculo, A Saga Sexual de Agrippino Motta. O musical é formado pelo escritor André Oliveira (textos), além dos músicos, Alex Meira (violão) e Sandro Andrade (violão), apresentando uma leitura sonora sexual e dramática de prosas picantes autorais com intervenções musicais baseadas em obras de Tom Zé, Walter Franco, Wander Wildner e Arrigo Barnabé. A Saga Sexual de Agrippino Motta, começa às 21h. A entrada é franca. O encontro acontece no próximo sábado (27), no Café & Cognac, localizado na Rua da Fonte do Boi, no bairro do Rio Vermelho.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Solidariedade ou economia

Teve organizador de festival que compunha mesa em Seminário da Economia da Música, promovido pela Secretária de Cultura da Bahia, afirmando que em duas edições na qual o evento contou com patrocínio de grande corporação, a organização do evento, não obteve retorno significativo no aspecto financeiro. Sem maiores explicações, não apontou dados numéricos para esclarecer tal argumento, já que resolveu falar.

É sabido que em se tratando de prestar conta para uma grande corporação há uma prévia com os gastos dos profissionais que participam (ão) do evento, coisa essencial para ter o apoio. Mais o que ficou no ar foram dois pontos a se refletir:. a organização dos “próprios” não soube lidar com os tramites legais, ou, parece que pelo visto, não deu para esticar grana, uma vez que, num processo desse a fiscalização de uma estatal é bastante intensa e criteriosa com as despesas.

Por outro lado, a tônica do debate foi apresentar que o X da história é que músicos, cantores, bandas e artistas transitem tocando em outras cidades, em suas grades de programação de forma gratuita. Essa foi à mensagem. Aliada a ideia de que tudo é muito custoso, trabalhoso. Ou seja, argumento evasivo. O que ficou claro é que existe uma troca de interesse. Já que o evento é antecedido com negociações de todos os tipos: estrutura de palco, som, apoiadores financeiros, segurança, prefeitura local e governo, e tudo isso é muito cansativo, então, porque, pagar a grade completa da programação, já que se pode efetivar negociações paralelas informando o não margeamento de lucro. Em outra palavras, apenas pagando os grupos principais.

Então, para àqueles que aceitam, essa é a troca ou a possibilidade de viver a aventura de ser músico, de divulgar o som em outro Estado, caso retorne seja lembrado como a tal banda daquele lugar. Vale lembrar, entretanto, que alguém vai lucrar. E quem será ? Não sei. Talvez o caixa dois, ou o argumento de que no próximo ano as condições do evento serão melhores para todo mundo. "Continue mandando seu material e o que tiver de novidade". Deixando assim um ar confiável e esperançoso de quem sabe; favor ou prestígio.

Agora, as bandas independentes, de MPB, ou as pessoas que têm o pé na casa dos 30 anos, dão muito trabalho para participar desse tipo de evento. Alguns artistas e bandas tem de deixar de ser celebridade. Então, a tática pelo visto, é trabalhar com a garotada, dorme em qualquer canto, come qualquer coisa, fica sem tomar banho, enfim, ainda saem feliz por poder estar tocando para um público de cinco mil pessoas. A reflexão que ficou foi a já ultrapassada:. músico não pode cobrar cachê nesses "festivais", o lance é divulgar imagem. Só que imagem não enche barriga, não paga encordamento, estúdio, transporte, instrumentos e além do mais as contas vão se acumulando para a posteridade.

Para a nova modalidade de associativismo os mesmos devem ser pago em outra moeda. Se por um lado, a banda banca os custos de passagens, alimentação, hospedagem, por outro, os “donos” dos festivais arrumam espaços em suas grades, conseguem casas associadas para evento de menor porte, fazem o festival e o óbvio lucram com passaportes simbólicos, tendo, em contrapartida divulgar a banda em questão.

Não é moleza, essa é a nova configuração do cenário musical, daqueles que estão sem eixo, onde, a alusão se faz num terreno gramado e àqueles que têm o direito de poda (festivais) deixa apenas pouquíssimas árvores (bandas) florescendo. Tudo clichê, discurso pronto e ensaiado para tirar lucro. O mundo é dos espertos, ou os espertos são do mundo.