sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

As várias faces da crítica

O surgimento do jazz no século 20 fez com que o desenvolvimento da música de improvisação se transformasse num mercado profissional para diversos músicos. Por outro lado, isso resultou numa reviravolta no âmbito da música clássica. Isto é, ocorreu uma migração de alguns desses músicos para o gênero jazz. Contudo dezena de críticos musicais não concordaram com essa transição entedendo isso como falta de compromisso profissional. George Gershwin, músico clássico enveredou-se pelos caminhos tortuosos do jazz.

Apesar de ser admirado por alguns críticos e fãs como o compositor que inovou e criou pérolas musicais no âmbito clássico, Gershwin reconheceu no jazz a sua vocação, originalidade e verdadeira música da alma. Partindo da idéia que, ao jazz, a liberdade existe em matéria de execução e expressão musical, ao passo, que se for comparado com a música clássica incidi-se numa distinção. Ou seja, o não cumprimento desses aspectos musicais, por parte do intéprete tira todo o significado do que o autor quer transmitir na sua música.

Disseminando a idéia de liberdade musical em ambientes burgueses, onde sua música era executada com refinados arranjos jazzísticos, Gershwin foi bastante criticado. Se por um lado, o compositor se intitulava possuidor da verdadeira alma musical negra, por outro, os críticos afirmavam que a obra não passava de melodias de fácil assimilação. Além disso, alguns especialistas avaliam que o único elemento musical comum à música branca e música negra é o ritmo, dessa forma, o seu concerto em Fá para Piano, por exemplo, foi apontado como ausente de inteligência musical neste quesito.

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