Cássia Maria começou na música há 33 anos, naquela época, a sanfona, foi seu primeiro instrumento oferecendo a uma boa formação musical. Paulistana da cidade de Santo André, suas primeiras apresentações aconteceram em festivais de música, onde tocava e cantava suas próprias canções. Inquieta na busca de encontrar novos sons iniciou-se como percussionista quando tinha 20 anos. Já como profissional em batidas e ritmos é considerada uma das mais experientes musicistas da cena alternativa de São Paulo. Agora, como interprete e compositora de suas músicas, acaba de lançar seu primeiro CD, De Cara Pro Sol, que perpassa por várias fases da sua carreira. Definido como música pop acústica o álbum, conta ainda com a participação especial de vários músicos de renome. Atuante na cena paulista, ela acompanha alguns grupos de Choros e artistas do campo independente. Em entrevista exclusiva ao blog NOITE PONTO SOM, esta musicista, avalia que alguns produtores culturais e mídia enveredaram por uma linha em divulgar artistas somente como forma de obter lucros ou para entreter, levando ao risco de julgamentos muito rápidos e superficiais as suas obras, o que não é bom para eles. Confira à entrevista.
NOITE PONTO SOM – O seu interesse pela música se deu quando?
Cássia Maria - Comecei com 10 anos estudando sanfona. Depois fui migrando para outros instrumentos. Amo o cavaquinho, acho que todo percussionista toca cavaco, pois, todos que conheço tocam e gostam desse instrumento. Estudei em conservatório flauta doce por dois anos. Depois fui tocar violão. Aprendi o básico para poder compor. Quando tenho uma ideia melódica transformo no violão e faço as minhas músicas. Mas não estudei quase nada, peguei muita coisa em revistas especializadas. Fiz faculdade de Musicoterapia.
NOITE PONTO SOM – Quando ocorreu de tocar na noite?
Cássia Maria - Comecei tocando em festivais na cidade de Mauá. Rolava muita música na minha adolescência, tinha uns amigos que tocavam. Como sempre fiz músicas comecei a participar cantando e tocando as minhas composições nesses festivais.
NOITE PONTO SOM – Quando optou por tocar percussão?
Cássia Maria – A percussão pegou forte na idade dos 20 aos 30 poucos anos. Assim fiquei mais conhecida como percussionista.
NOITE PONTO SOM - Como se deu essa transição já que inicialmente começou tocando outros instrumentos?
Cássia Maria - Foi o ciclo natural da vida se apresentando. Primeiro veio o violão. Depois o canto, fui então cantar. Depois se apresentou a percussão. As coisas foram mudando no seu curso. A vida foi transformando não foi nada pré decidido. Na percussão tenho uma carreira profissional, toco e ganho o meu pão de cada dia. Além disso, sou professora de música. Sobrevivo com a arte.
NOITE PONTO SOM – Quais são os instrumentos da área da percussão que toca?
Cássia Maria - Uma infinidade de instrumentos. Os mais comuns com qual trabalho são o surdo, cuíca, berimbau, moringa. Acho um belo casamento o som do berimbau com a moringa. Percussionista é sempre muito ligado em sons, à mente é muito acesa. Por isso toco também instrumentos inusitados, além, daqueles que vêm da natureza. Falando em natureza, tudo vem dela, às vezes, esses instrumentos já estão prontos e só adiciono ao meu set.
NOITE PONTO SOM – O seu interesse pela música se deu quando?
Cássia Maria - Comecei com 10 anos estudando sanfona. Depois fui migrando para outros instrumentos. Amo o cavaquinho, acho que todo percussionista toca cavaco, pois, todos que conheço tocam e gostam desse instrumento. Estudei em conservatório flauta doce por dois anos. Depois fui tocar violão. Aprendi o básico para poder compor. Quando tenho uma ideia melódica transformo no violão e faço as minhas músicas. Mas não estudei quase nada, peguei muita coisa em revistas especializadas. Fiz faculdade de Musicoterapia.
NOITE PONTO SOM – Quando ocorreu de tocar na noite?
Cássia Maria - Comecei tocando em festivais na cidade de Mauá. Rolava muita música na minha adolescência, tinha uns amigos que tocavam. Como sempre fiz músicas comecei a participar cantando e tocando as minhas composições nesses festivais.
NOITE PONTO SOM – Quando optou por tocar percussão?
Cássia Maria – A percussão pegou forte na idade dos 20 aos 30 poucos anos. Assim fiquei mais conhecida como percussionista.
NOITE PONTO SOM - Como se deu essa transição já que inicialmente começou tocando outros instrumentos?
Cássia Maria - Foi o ciclo natural da vida se apresentando. Primeiro veio o violão. Depois o canto, fui então cantar. Depois se apresentou a percussão. As coisas foram mudando no seu curso. A vida foi transformando não foi nada pré decidido. Na percussão tenho uma carreira profissional, toco e ganho o meu pão de cada dia. Além disso, sou professora de música. Sobrevivo com a arte.
NOITE PONTO SOM – Quais são os instrumentos da área da percussão que toca?
Cássia Maria - Uma infinidade de instrumentos. Os mais comuns com qual trabalho são o surdo, cuíca, berimbau, moringa. Acho um belo casamento o som do berimbau com a moringa. Percussionista é sempre muito ligado em sons, à mente é muito acesa. Por isso toco também instrumentos inusitados, além, daqueles que vêm da natureza. Falando em natureza, tudo vem dela, às vezes, esses instrumentos já estão prontos e só adiciono ao meu set.
NOITE PONTO SOM – Geralmente, além de festivais musicais, músicos (a) e cantores começam tocando em bar. Quais locais na sua época abriam espaço?
Cássia Maria - Com 24 anos comecei a tocar nos bares onde rolava boa música como, Vou Vivendo, Bom Motivo..... Fui ficando conhecida naquele meio musical e passei a fazer shows.
NOITE PONTO SOM - Como assim fazer shows?
Cássia Maria - Deixei de tocar em bares. Pois tem muita fumaça e música para entreter. O que não gosto. Já faz quase 15 anos que não toco mais em bares. Ou seja, trabalho fazendo shows sempre em locais fechados.
NOITE PONTO SOM – Atualmente, com quais grupos trabalha na noite paulista?
Cássia Maria - Toco com três grupos. O Trio que Chora, é um deles, além de mim também fazem parte Marta Ozzetti e Rosana Bergamasco. Toco também com o grupo Choro de Moça, formado somente por mulheres que fazem choro. Além desses, trabalho com Vozes Bulgras, onde fazemos pesquisa em relação à música Búlgara, na linha índio e negro. Tenho trabalhado também com o grupo À Quatro Vozes. Fora isso, acompanho outros cantores como Socorro Lira, Aurora Maciel, Kátia Teixeira e Consuelo de Paula que são nomes do campo independente.
NOITE PONTO SOM – Quando foi lançado o seu primeiro disco - De Cara Pro Sol? Para fazer o álbum contou com recursos de organismo público?
Cássia Maria – O disco saiu em dezembro de 2008, em janeiro foi se espalhando. Fiz mil cópias. A produção foi totalmente independente. Já apresentei o disco no evento promovido pelo - Conversa com Verso, um espaço onde ocorre um bate papo com o público apresentando a obra para a plateia. Fiz um pocket show na Livraria da Vila. Então estamos começando a abrir espaço.
NOITE PONTO SOM - De Cara Pro Sol é um disco que perpassa por várias fases da sua carreira?
Cássia Maria – São composições minhas e não tem muito a ver com a percussão. Tem uma música que fiz quando tinha 17 anos. Apresentei essa música no primeiro festival do qual participei e chama-se Meu Anjo. Fui colocando outras composições que fazem parte do percurso da minha vida, por exemplo, têm músicas que foram feitas recentemente. Levei dois anos para fazer esse disco, não tinha pretensão de fazer um álbum, mas de somente registrar as canções. Contudo quando entrei em estúdio um amigo o Jardel Caetano, foi fazendo as harmonizações, achei bonito e resolvi fazer o CD. O disco ficou legal, está sendo bem divulgado. São doze músicas minhas e somente em uma delas tem a parceria de Regina Machado, uma cantora bem conhecida em São Paulo.
NOITE PONTO SOM – Quais gêneros musicais são trabalhados no disco e como define seu som?
Cássia Maria - O disco é Pop-Zen, pois tem reggae, sambinha, ou seja, um som pop limpo totalmente acústico.
NOITE PONTO SOM – São Paulo é um lugar digamos onde a coisa “acontece” para muitos artistas. Como avalia esse cenário no qual vive diariamente?
Cássia Maria - A música independe está um pouco sem espaço. São Paulo é uma cidade aberta a todos os sons e por ser aberta enche, todos convergem para cá. Tem muita gente boa, muita gente capaz. O Brasil é um celeiro de música onde as pessoas têm uma musicalidade excelente. È uma grande capital, uma grande metrópole, mas está carregada e essa crise abalou geral, principalmente, a cultura e nessas crises o primeiro que se tira ajuda e incentivo é da arte e da educação.
NOITE PONTO SOM - Por mais que esteja “cheio”, não acha que falta atitude de alguns produtores para realizar eventos?
Cássia Maria - Acho que não interessa muito para os produtores e para a mídia investir, pois, na produção independente a maioria dos artistas não são muito conhecidos do público. A não ser que apresente algo com a “cara” de que vai dar lucro ou que tenha a participação de algum convidado famoso, assim torna-se mais fácil de conseguir as coisas. Senão vem aquele discurso; você é independente, não é conhecido e desejamos público, retorno...
NOITE PONTO SOM - Como lida com as novas ferramentas tecnológica na sua música?
Cássia Maria - Uno o acústico com o eletrônico. Uso uma percussão sampleada em uma das músicas que fiz. Ficou muito interessante. Não gosto de nada de eletrônico, mas achei a P10 da Roland maravilhosa, tem o timbre exato do instrumento. Dessa forma coloquei em algumas músicas. E ficou bom.
NOITE PONTO SOM - Alguns segmentos musicais banalizam a figura da mulher seja nas letras ou até na coreografia em suas músicas. Como você avalia essas questões?
Cássia Maria - Embora, estejamos em alguns pontos avançando, a figura da mulher tem um lugar muito insignificante em todas as áreas, não só nas artes. Ela é muito precisa para estar nesse lugar em que estar, vivemos ainda em um país muito patriarcal e machista. A mulher é diminuída no que pode. Falando como percussionista, avalio que têm muitas mulheres que tocam bem, mas os homens que também são bons músicos aparecem mais. Mas, enfim, não tem muito espaço para a mulher, no geral. Isso não é novo, infelizmente, é uma coisa muito antiga. Acredito que estamos caminhando embora muito lentamente para romper isso. As mulheres estão na luta, muita coisa mudou, mas é uma realidade o preconceito, somos engolidas por esse marxismo ignorante.
Crédito da Foto da artista sentada no Carrón - Gal Meirelles
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