Independente de predileções pessoais de estilos e intérpretes, a música pode ser um objeto de estudo do âmbito da comunicação. Analisando a história das teorias da comunicação, constata-se que desde o principio a música foi vista como um fenômeno passível de análise e ainda hoje é. Verifica-se, por exemplo, que a mídia radiofônica é essencial na divulgação direta das canções produzidas; a televisão, tanto através de entrevistas, quanto por meio da exibição de videoclipes, ajuda na fixação da comunicação visual da banda/intérprete; a Internet permite a captação mais rápida, às vezes até gratuita, das músicas disponibilizadas em formato digital; enquanto o jornalismo impresso repassa dados mais específicos a um público interessado em informações com maior profundidade e análise de gêneros musicais.
Também é possível avaliar as estratégias de produção textual presentes nas letras das músicas; estudar a comunicação corporal dos músicos durante a apresentação; pesquisar as relações entre som e imagem na narrativa (como no caso das trilhas sonoras cinematográficas); só para citar alguns exemplos. Assim alguns pesquisadores são enfático nesse ponto, chamando a atenção para as possibilidades de análise comunicacional da música a partir dos seguintes prismas: técnicas de produção, armazenamento e circulação tanto em suas condições de produção bem como em suas condições de reconhecimento.
Porém, em seu nascedouro, a investigação “comunicacional” da música era bem menos diversificada e altamente dependente do tipo de reflexão desenvolvida também em áreas correlatas à comunicação, como a sociologia e a psicologia.